quinta-feira, 19 de junho de 2014

Cancer de Mama Hereditário


 
O câncer de mama é uma doença complexa, sendo atualmente a neoplasia mais freqüentemente diagnosticada entre as mulheres e a 2ª maior causa de morte relacionada ao cancer, superada apenas pelo câncer de pulmao. O câncer de mama pode apresentar-se como uma alteração física na mama, incluindo um nódulo ou um espessamento, ou como uma alteração inflamatória, tais como vermelhidão ou endurecimento da mama. Também pode ser detectado em uma mama que parece normal. Na mamografia geralmente mostra-se como uma massa ou como depósitos de cálcio, chamado de calcificações. Estas mudanças não são sempre um sinal de câncer de mama, mas se presente, elas devem ser avaliadas por um mastologista em tempo hábil.
 ♀ Biópsias Mamárias


Se no exame físico ou os exames de imagem mostram uma mudança 
suspeita nas mamas, o próximo passo pode ser uma biópsia. 
Durante uma biópsia da mama, uma amostra de tecido é retirada 
e examinada ao microscópio por um patologista, que poderá 
determinar se existe ou não a presença de células cancerosas.

Existem diferentes tipos de métodos de biópsia. Estes incluem:

Punção Aspirativa por agulha fina (PAAF)


Durante este procedimento, o médico introduz uma agulha muito fina na área suspeita 
da mama. Fluidos ou células são retiradas (aspirado) do nódulo e examinado ao 
microscópio por um patologista. Este tipo de biópsia é relativamente rápida, e qualquer 
desconforto dura apenas alguns segundos.
Biópsia por agulha grossa
Uma biópsia por agulha grossa pode ser realizada quando se busca uma amostra de tecido, 
ou se o material removido durante a aspiração por agulha fina não conduzir a
 um diagnóstico definitivo. 
Este tipo de biópsia requer um anestésico local, e utiliza uma agulha maior, oca, para 
remover alguns cilindros finos de tecido, os quais serão então analisados por um patologista.
Biópsia guiada por imagem

Se a área suspeita não pode ser palpada, então, pode-se utilizar técnicas de imagem para 
identificar a área exata a ser biopsiada. Ultrassonografia, Mamografia, ou 
Ressonância Magnética podem ser utilizadas, dependendo do que a anormalidade se parece 
e qual a técnica mais apropriada para visualizá-la.
A biópsia estereotáxica, é um procedimento em que se utiliza técnicas de imagem 
computadorizadas para guiar uma agulha para dentro da mama e assim recolher as células 
ou tecidos a partir de uma área suspeita observada em uma mamografia. 
Para muitas mulheres, a biópsia estereotáxica pode poupá-las de uma biópsia cirúrgica. 
Além de permitir aos médicos um diagnóstico mais rápido, faz com que as pacientes iniciem 
 o tratamento mais cedo.
Biópsia cirúrgica
A biópsia cirúrgica pode ser feita se outros procedimentos de biópsia não fornecem um 
diagnóstico definitivo. Também é realizada se a área suspeita é profunda demais ou muito 
superficial para uma agulha fina ou biópsia. Em alguns casos, ela é mandatória.
Uma biópsia cirúrgica ocorre em uma sala de cirurgia, mas geralmente não requer 
uma pernoite no hospital. Durante o procedimento, a paciente passa por uma sedação 
usando um anestésico intravenoso. O cirurgião faz uma pequena incisão e remove toda 
a massa de tecido mamário suspeito ou uma amostra 
representativa, dependendo do seu tamanho e localização.


Fatores de Risco


Segundo dados recentes 
divulgados 
pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que em 2012 serão 
diagnosticados 52,680 novos casos de câncer 
de mama. Além da hereditariedade, vários outros fatores têm sido associados a 
um risco ligeiramente maior de desenvolver câncer de mama:


Sexo

O câncer de mama é muito mais comum em mulheres do que em homens. Apenas 
cerca de 1 % dos casos da doença ocorre em homens.
Idade
A chance de desenvolver câncer de mama aumenta com a idade. A maioria é 
detectada em mulheres com mais de 50 anos.
História Médica
Uma mulher que teve câncer em uma das mamas tem mais chance de desenvolvê-lo 
no outro.
História menstrual
Uma mulher que começou a ter períodos menstruais precoce (antes dos 12 anos) ou 
apresentou menopausa tardia (após os 50 anos) tem um risco ligeiramente maior 
do que a média para desenvolver câncer de mama.
História Reprodutiva
As mulheres que tiveram o primeiro filho mais tarde ou que nunca tiveram filhos têm 
um risco ligeiramente maior para a doença. 
Doença benigna da mama
Alguns tipos de condições não cancerosas da mama podem ser um indício de um risco 
aumentado para câncer de mama. 
Terapia de reposição hormonal
Repor hormônios após o início da menopausa aumenta o risco da doença. Além disso, 
tem sido mostrado o risco ser específico para a combinação terapêutica de substituição 
hormonal.
Anticoncepcionais Orais
Tomar a pílula anticoncepcional também aumenta muito pouco o risco de câncer de mama.
Álcool
Evidências sugerem que a ingestão regular de álcool pode aumentar ligeiramente o risco 
de câncer de mama. 
Peso
Pesquisas mostram que a obesidade, especialmente após a menopausa, aumenta o risco 
de câncer de mama e recorrência. 
Dieta
Independente das doenças, recomenda-se seguir uma dieta saudável.
Exercícios Físicos
O exercício regular também é um componente chave da boa saúde. Ele ajuda a atingir e 
manter um peso corporal ideal e pode reduzir o risco de câncer de mama, e melhorar 
a qualidade de vida das mulheres com a doença.
Exposição à Radiação
A exposição do tecido mamário à radiação, particularmente durante as 2 ou 3 primeiras 
décadas de vida, tem sido associada a um risco aumentado de câncer de mama. 
 






O câncer de mama pode apresentar-se como uma alteração física na mama, 
incluindo um nódulo ou um espessamento, ou como uma alteração inflamatória, 
tais como vermelhidão ou endurecimento da mama. Também pode ser detectado 
em uma mama que parece normal. Na mamografia geralmente mostra-se como 
uma massa ou como depósitos de cálcio, chamado de calcificações. 
Estas mudanças não são sempre um sinal de câncer de mama, mas se presente, 
eles devem ser avaliadas por um médico em tempo hábil.

A detecção precoce é a melhor maneira de descobrir o câncer de mama em seus 
primeiros estágios, mais curáveis​​. O Instituto de Mastologia oferece programas 
de detecção precoce do câncer de mama, incluindo avaliação médica especializada 
e orientações quanto aos exames necessários que devem ser realizados 
periodicamente, tanto para pacientes sem antecedentes familiares, bem como 
mulheres que se enquadram no chamado “alto risco” de apresentar a doença 
durante a vida.

Nosso Programa de Vigilância Especial, localizado no conjunto 77 
do Edifício Health Center, segue as mulheres com um risco maior do que a 
média de desenvolver câncer de mama. Como parte do programa, nós 
educamos os pacientes e seus familiares sobre o risco de desenvolver câncer 
de mama e apresentamos estratégias para a detecção precoce e prevenção. 
Pacientes neste programa também passam por exames clínicos das mamas 
2 vezes por ano e têm exames de imagem apropriados.
Testes de Rastreamento do Câncer de Mama
O auto-exame
Durante um auto-exame, uma mulher verifica seus próprios seios em busca 
de irregularidades, que podem incluir protuberâncias, mudanças no tamanho 
 dos seios ou na forma, secreção mamilar, ou espessamento do tecido. 
Exame clínico da mama
Exame físico das mamas realizado por um mastologista.
Mamografia
A mamografia é o exame que utilizanda baixas doses de raios-x. Exame 
de mamografia anual tem demonstrado reduzir significativamente o número 
de mulheres que morrem de câncer de mama no grupo de 40 anos ou mais. 
 Recentemente, a técnica era baseada em filme convencional. Hoje, a mamografia 
digital também utiliza raios-x, mas captura a imagem em um computador, onde 
pode ser visualizada e manipulada por contraste. Os estudos mostraram que 
a mamografia digital detecta mais tumores em três grupos específicos - consulte 
o mastologista para informações mais detalhadas.
Ultrassom
Ultrassom da mama é frequentemente usado para avaliar anormalidades que são 
encontradas durante a mamografia ou num exame clínico da mama. A precisão 
do ultrassom da mama é altamente dependente do nível de habilidade e da formação
 radiologista.
Ressonância Magnética de Mamas
A ressonância magnética (RM) é uma técnica de diagnóstico que utiliza um campo 
magnético para proporcionar imagens tridimensionais de estruturas internas do 
corpo, incluindo a mama. A RM é cara e exige a injeção de contraste endovenoso. 

PACIENTES DE ALTO RISCO
 
Os estudos têm demonstrado que o rastreamento regular de mulheres sem sintomas
diminuiu o número de mortes por câncer de mama em cerca de 45%. No passado, 
as recomendações para o rastreamento do câncer de mama eram as mesmas para 
as mulheres de diferentes grupos de risco. No entanto, devido aos resultados de 
estudos recentes, definiram-se estratégias distintas para mulheres com risco padrão 
e para aquelas com maior risco devido à predisposição genética e familiar.
Mulheres com risco padrão de Câncer de Mama:
• Sem sintomas.
• Sem histórico de câncer de mama, carcinoma ductal ou lobular in situ, ou atipia, que
também é conhecida como hiperplasia atípica (uma forma de doença benigna da mama).
• Sem histórico familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau (mãe 
ou irmã), ou nenhuma evidência de síndrome hereditária.
• Sem história de radiação em manto (radioterapia utilizada para tratar a doença de 
Hodgkin).
Mulheres com risco acima da média:
• História familiar de câncer de mama (ou seja, um parente de primeiro grau 
– mãe ou irmã - que teve câncer de mama).
• Diagnóstico de hiperplasia atípica, ou carcinoma lobular in situ.
• História de ter sido tratada com radiação em manto, antes dos 32 anos.
Diretrizes Internacionais de Rastreamento do Câncer de Mama
Recomendam-se diferentes diretrizes de rastreamento do câncer de mama com base 
em 4 categorias de risco distintos:
• Mulheres com Risco Padrão
• Mulheres com história familiar de câncer de mama – Risco Alto
• Mulheres com diagnóstico de hiperplasia atípica ou carcinoma 
lobular in situ
• Mulheres com História de radiação em manto
Procure o mastologista para entender melhor sobre qual categoria você 
se enquadra, e como iniciar um programa adeqU


COMO DEVE SER?

Como resultado dos grandes avanços feitos no tratamento do câncer 
de mama, o Instituto de Mastologia fornece serviços que se dirigem 
especificamente às necessidades únicas de seguimento do câncer de 
mama, imediatamente e nos anos após o tratamento, incluindo:
• Revisão da história médica recente e exame físico.
• Avaliação para detectar a possível recorrência de câncer de mama.
• Identificação e gestão dos efeitos da doença e do seu tratamento.
• Encaminhamentos de triagem para outros tipos de câncer.
• Recomendações e promoção de Saúde sobre temas como nutrição, exercícios 
e suspensão do tabagismo.
• Plano de cuidados específicos por escrito com resumos sobre o tratamento e 
acompanhamento.
• Comunicação direta com o seu médico à respeito dos cuidados primários.
• Pacientes no programa de seguimento do Câncer de Mama têm agendados 
regularmente exames de seguimento com um de nossos profissionais com formação 
 específica em questões de sobrevivência ao câncer de mama.
Após sua primeira  consulta no programa de seguimento, será enviada 
uma carta para o seu médico, resumindo o seu tratamento e será 
delineado um plano de acompanhamento rigoroso. Em cada visita 
posterior, o nosso programa irá atualizá-lo à respeito do seu 
seguimento.
 
  Cirurgia Redutora de Risco


As mulheres com um risco hereditário de câncer de mama devido às mutações 
dos genes BRCA também podem optar por submeterem-se à remoção 
cirúrgica profilática das mamas e/ou ovários. Tais cirurgias podem diminuir o 
risco destas doenças. 
Para as pacientes que escolhem a mastectomia profilática, nossa equipe de 
cirurgiões de mama e cirurgiões plásticos especializados em técnicas
reconstrutivas estarão à sua disposição, orientando o melhor momento e 
a técnica mais adequada para cada paciente, através de uma terapia 
individualizada.

Para as mulheres sem câncer de mama hereditário, o nível de risco da doença 
é raramente suficiente para que seja indicada a remoção da mama de forma 
profilática, sendo esta decisão amplamente discutida com a paciente e seus 
familiares, ponderando-se os riscos e benefícios do procedimento.
  Quimioprevenção
http://www.institutodemastologia.com.br/painel/diagnostico/grande/00007741_001.jpeg
Quimioprevenção

Para as mulheres com alto 

risco de câncer de mama, existem medicamentos  já disponíveis no mercado e que

 são utilizados para reduzir o seu risco. Exemplos destas terapias incluem:

Tamoxifeno (Nolvadex ®)
Raloxifeno (Evista ®)
Os resultados de um dos maiores estudos de prevenção do câncer de mama já 
realizadas - o Estudo do Tamoxifeno e Raloxifeno (STAR) - mostraram que ambos
 foram igualmente eficazes na prevenção do câncer de mama invasivo em mulheres 
com alto risco para a doença.
O estudo também revelou que o Raloxifeno não foi tão eficaz como o Tamoxifeno
 na redução do câncer “in situ” (não-invasor). Em contrapartida, o Tamoxifeno foi 
associado com o desenvolvimento de câncer uterino e mais casos de trombose 
venosa do que o Raloxifeno.
  Biópsia de Lindolfo Sentinela
Para o planejamento do tratamento sistêmico do câncer de mama, é necessário que 
se determine se a doença encontra-se localizada na mama, ou se já existe 
acometimento nos gânglios linfáticos (linfonodos). No passado, as pacientes não 
tinham escolha, a não ser remover a maioria dos linfonodos
axilares - uma operação chamada
ORMOTERAPIA





As terapias hormonais têm a vantagem de que alguns tipos de câncer de mama
dependem do estrogênio para o seu crescimento. Eles são indicados
principalmente para mulheres cujos tumores contêm estrógeno e/ou
progesterona. A escolha da terapia hormonal depende do estado menopausal 
da paciente.
Os pacientes podem ser tratados com um bloqueador de receptor de estrogênio,
tais como o tamoxifeno. Em alguns pacientes na pré-menopausa, o médico pode 
escolher adicionar medicamentos que suprimem a função ovariana. 
Os exemplos incluem:
Leuprolida (Lupron ®)
Goserelina (Zoladex ®)
Pacientes na pós-menopausa podem ser tratadas com um inibidor da aromatase, que bloqueiam a produção de estrogênio, impedindo que as células cancerosas
“alimentem-se da substância que necessita para o crescimento. Inibidores 
da aromatase incluem:
Anastrozol (Arimidex ®)
Letrozol (Femara ®)
Exemestano (Aromasin ®)
Pacientes pós-menopáusicas podem também ser tratadas com um bloqueador 
de receptor de estrogênio, chamado fulvestrano (Faslodex ®)
A hormonioterapia pode causar diversos efeitos colaterais. 
Nossa equipe médica irá orientar quais são eles e como 
podem ocorrer a partir do seu regime de tratamento específico.
Quimioterapia
 

Drogas quimioterápicas agem no organismo interrompendo o crescimento 
das células cancerosas. No tratamento do câncer de mama, os médicos utilizam frequentemente uma combinação de dois ou três medicamentos ao mesmo tempo. 



Combinações mais comuns incluem:
AC (doxorrubicina, ciclofosfamida)
AC-T (AC seguido de paclitaxel)
CE (epirrubicina, ciclofosfamida)
EC-T (EC seguido de paclitaxel)
CMF (ciclofosfamida, metotrexato, 5-fluorouracil)
TC (docetaxel, ciclofosfamida)
TCH (docetaxel, carboplatina, trastuzumab)
Efeitos colaterais da quimioterapia
Efeitos secundários da quimioterapia variam de acordo com o medicamento, 
a dose, a combinação, bem como o calendário em que lhes é dado. Em geral, 
essas drogas podem causar vários graus de náuseas, vómitos, baixa contagem 
dos glóbulos sanguíneos, neuropatia (formigamento dos dedos das mãos e pés), 
e do enfraquecimento do músculo do coração. Nossa equipe irá analisar os efeitos colaterais que podem ocorrer a partir do seu regime de tratamento específico.
Há formas de gerir alguns dos efeitos colaterais da quimioterapia, enquanto você recebe o seu tratamento. Informe sempre o seu médico de quaisquer efeitos colaterais que surgirem ou diferentes dos que você experimentou no passado.
Medicamentos de Suporte
Para as pacientes que recebem quimioterapia são frequentemente prescritos outros medicamentos para suporte do organismo, enquanto responde à quimioterapia e células cancerosas são mortas. Diferentes tipos de drogas podem ser administradas para prevenir ou minimizar os efeitos secundários específicos. 
RADIOTERAPIA

A Radioterapia utiliza alta energia em raios-x para destruir as células cancerosas. Após uma ressecção segmentar, a radiação é dirigida à mama e, 
por vezes, às cadeias linfonodais axilares (gânglios linfáticos), para destruir quaisquer células perdidas que podem ter sido deixadas para trás. Este tratamento reduz a chance de uma recorrência da doença.


Radioterapia com Acelerador Linear

Além de usar a radiação para atingir toda a mama com câncer, novos estudos estão avaliando uma abordagem chamada de radiação parcial da mama em que a radiação é entregue somente para a área da mama com câncer.

Radioterapia Intra-operatória
No momento da cirurgia, a radiação é aplicada diretamente à região da mama onde o tumor foi removido e adiciona, em média, apenas 30 minutos para o tempo gasto na sala de operações. Esta abordagem elimina a necessidade de radiação pós-operatória. Porém, há critérios específicos de inclusão e indicação deste procedimento.
Radioterapia Pós-Mastectomia
A radioterapia é também, por vezes, realizada após uma mastectomia, principalmente quando se existe um risco elevado de recorrência do câncer nessa área. Nossos cirurgiões plásticos e oncologistas clínicos trabalham em conjunto para oferecer um programa integrado para as mulheres que se submeteram à reconstrução imediata e necessitam deste tratamento. 
Mastologista, oncologista, radioterapeuta e cirurgião plástico (se a reconstrução após mastectomia é planejada) vão trabalhar juntos para decidir a melhor seqüência de tratamentos. 
Estudos clínicos recentes demonstraram que o tratamento com radiação hipofracionada, em que as doses de radiação são administradas na mama em sequencia mais rápida, é tão eficaz como o curso convencional. Mais radiação é dada em cada visita. O radioterapeuta irá determinar se esta é uma opção para você.
Novas Abordagens em Radioterapia
• Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT)
• Radioterapia administrada na posição prona
• Radioterapia Guiada por imagem (IGRT)
O tratamento radioterápico, nos dias de hoje, é muito preciso, resultando em poucos danos para a pele circunjacente ou tecidos saudáveis. A radiação é geralmente bem tolerada. O radioterapeuta irá explicar em detalhes sobre quais efeitos colaterais e quando se esperar que eles apareçam ou não. 
Reconstrução Mamária 
 
Reconstrução Mamária

A reconstrução da mama é uma opção para a maioria das mulheres que se submeteram a uma mastectomia. É possível optar pela reconstrução imediata, em que o processo é iniciado durante a mesma cirurgia, logo ao fim da mastectomia, ou pode-se postergar a reconstrução para um segundo tempo, após realizar as outras etapas do tratamento. Muitas mulheres dizem que a reconstrução imediata ajuda a reduzir o trauma de perder um seio; a reconstrução imediata também elimina a necessidade de uma hospitalização adicional e nova anestesia.

A radioterapia pode, por vezes, causar danos à pele onde foi realizada a reconstrução da mama. Porém, nosso cirurgião plástico tem uma vasta experiência em reconstruções pós-radioterapia.

Implantes expansores 
Implantes expansores são melhores para as mulheres com seios pequenos e médios e aquelas que serão submetidas à radioterapia. Numa primeira etapa, a bolsa é formada a partir do músculo peitoral, e um expansor é colocado no espaço. Ao longo dos próximos meses, a solução salina é injetada através de uma válvula no saco expansor, lentamente a esticar a pele e os músculos em preparação para o implante permanente. Num segundo tempo, mais curto, o expansor é removido e o implante é inserido no seu lugar.
Implantes permanentes
Implantes permanentes vêm em diferentes formas e tamanhos e são feitos de silicone. O cirurgião plástico irá ajudar a determinar que tipo de implante é melhor para você. 
Transferência de tecido (retalho muscular)
Outro método para a reconstrução da mama é usar tecido transferido de outro lugar do corpo. A nova mama é construída usando-se retalho muscular de um dos três locais: 
• TRAM Flap (retalho com músculo transverso reto-abdominal)

Uma secção de forma elíptica de gordura, pele e músculo é removida do abdômen e transferida para a parede torácica.
• Grande dorsal Flap (retalho com o músculo grande dorsal)
Pele e músculo são movidas a partir da parte superior das costas para a região do tórax, formando o novo seio.
• Retalho livre do glúteo
O tecido é tirado das nádegas superior ou inferior e transferido sobre a parede torácica.
O tipo de reconstrução mais apropriado para cada doente depende de vários fatores. Se existe a intenção da paciente na reconstrução, o tema deve ser abordado com seu médico já no início do tratamento. 
Uma vez que a nova mama é concluída, a outra mama pode ser simetrizada (com um implante, uma redução). No passo final, um novo complexo mamilo-areolar pode ser reconstruído.
Prótese 
As mulheres que se recusam ou não podem se submeter à reconstrução de mama, podem usar uma prótese para a simetria. Estão disponíveis em vários tamanhos, formas, e tons de pele para combinar com a outra mama. As próteses podem ser colocadas num bolso especial do sutiã. Uma prótese bem ajustada e ponderada proporciona o equilíbrio necessário para a postura correta. Existem lojas (alguns hospitais têm as suas próprias lojas), especializadas em próteses de mama pós-mastectomia e sutiãs. Eles irão ajudá-la a encontrar a prótese ideal para o seu corpo. 
Terapias Alvo Moleculares

Terapias Alvo

O futuro da pesquisa sobre o câncer de mama é encontrar drogas que atuam visando moléculas específicas envolvidas no desenvolvimento do câncer de mama. Por exemplo, algumas células do câncer de mama tem um gene HER-2/neu hiperativo, o que faz com que ocorra a superprodução da proteína HER-2/neu, levando-se ao desenvolvimento de tumores mais agressivos. Drogas que inativam a proteína HER-2/neu geralmente são administrados em combinação com outros fármacos anti-cancerígenos. Algumas terapias-alvo, incluindo o trastuzumab (Herceptin ®) e lapatinib (Tykerb ®) já estão em uso.

Além do HER-2, existem outros alvos conhecidos ou potenciais para medicamentos, alguns dos quais estão disponíveis, enquanto outros ainda estão em estudo. A formação de novos vasos sanguíneos, necessários para o crescimento do tumor também podem ser bloqueados. A ótima utilização de todos estes agentes ainda vêm sendo estudada.

Lembre-se: o tratamento do câncer de mama deve ser individualizado para cada paciente. Mastologista e oncologista irão traçar a maneira mais adequada de enfrentar a doença.

 
Tratamento Cirúrgico

Opções Cirúrgicas

As opções cirúrgicas para o câncer de mama incluem a cirurgia conservadora ou mastectomia, com ou sem avaliação de gânglios linfáticos axilares. Em geral, a taxa de sobrevivência em 10 anos é considerada a mesma para ambos os procedimentos.

Ressecção Segmentar

Cirurgia conservadora da mama, onde apenas o tecido mamário canceroso, com um rebordo de tecido normal em torno dele é removido. Neste procedimento, muitas vezes combinado com biópsia de linfonodo sentinela, a maioria das mulheres não requerem o uso de drenos após a operação. Para mulheres cujos tumores são demasiadamente grandes para uma ressecção segmentar, a quimioterapia pode ser uma boa alternativa para a redução tumoral antes da cirurgia conservadora. Através de uma equipe médica multidisciplinar, composta pelo mastologista, oncologista clínico, radioterapeuta e cirurgião plástico, além de radiologistas especializados em patologias mamárias, busca-se garantir excelentes resultados tanto do ponto de vista oncológico (essencial), como estético.
Mastectomia
Com a mastectomia, todo o tecido mamário é removido. Os músculos da parede torácica (músculos peitorais), geralmente não são removidos. Dependendo do estágio do câncer de mama, algumas mulheres são aconselhados a passar por radioterapia após a mastectomia.
A Reconstrução da mama pode ser realizada de forma segura, quer durante a mastectomia, ou como um segundo procedimento em qualquer momento após uma mastectomia (mesmo anos mais tarde).
• Mastectomia preservadora de pele (“skin-sparing mastectomy”)
Apropriado para algumas pacientes, este procedimento consiste na remoção de todo tecido mamário, preservando-se maior extensão de pele possível, através de um retalho fino. No mesmo tempo cirúrgico, salve alguma contra-indicação, a mama também é reconstruída. Posteriormente, em um segundo tempo, reconstrói-se o mamilo. Esta abordagem geralmente resulta em mamas com aparência mais natural. 
• Mastectomia preservadora de aréola e papila (“nipple-sparing mastectomy”)
Para um grupo seleto de pacientes com tumor pequeno, não localizados perto do mamilo, a aréola e o mamilo também podem ser preservados. Apesar desta abordagem poder proporcionar excelentes resultados cosméticos, deve-se lembrar que esta técnica cirúrgica ainda não se encontra validada em nenhum consenso médico, tampouco estudo científico randomizado, de forma que a paciente deverá sempre ser informada dos riscos e benefícios deste procedimento, que não está isento de complicações, tanto oncológicas quanto estéticas.



MITOS E VEDADES (CÂNCER)

 Sutiãs causam Câncer de Mama?
MITO
Rumores na internet e pelo menos um livro sugeriram que sutiãs causam câncer de mama por obstruir o fluxo de linfa das mamas e axilas. Não há qualquer base científica ou clínica para essa afirmação. As mulheres que não usam regularmente sutiãs são mais susceptíveis de serem mais magras ou ter seios menos densos, o que provavelmente contribui para qualquer diferença percebida para os riscos de apresentar câncer de mama.
v

Desodorantes podem causar câncer de mama?
MITO 
Artigos na imprensa e na Internet abordaram o tema, que é uma
 duvida frequente entre as mulheres. 
Pesquisadores do National Institute (NCI), nos EUA, não relataram 
evidência ligando o uso de desodorantes axilares e subsequente 
desenvolvimento de câncer de mama.
Além disso, diversos e-mails circulando pela rede têm sugerido 
que os produtos químicos em desodorantes para as axilas são
 absorvidos através da pele, interferem com a circulação da linfa, 
gerando toxinas que atingem as mamas e, eventualmente, podem 
levar ao câncer de mama.
Existe muito pouca evidência para apoiar este rumor.
 Um pequeno estudo encontrou traços de parabenos
 (utilizados como conservantes em desodorantes e outros produtos), 
com ação fraca e semelhante à do estrogênio, em uma pequena 
amostra de tumores de mama. Mas este estudo não analisou se os
 tumores foram causados ​​pelos parabenos. Por outro lado, um 
maior não evidenciou aumento de câncer de mama em mulheres 
que usaram desodorantes e/ou raspado suas axilas.


Amamentação protege?
Amamentação protege contra o Câncer de Mama?
VERDADE
Alguns estudos sugerem que a amamentação pode reduzir ligeiramente o risco de câncer de mama, especialmente se a amamentação é continuada por 1 ½ a 2 anos. Mas esta tem sido uma área difícil de estudo, especialmente em países como os Estados Unidos, onde a amamentação por longo período é incomum. Uma explicação para esta redução nos riscos pode ser relacionada ao fato de que a amamentação reduz o número total de ciclos menstruais (semelhante a iniciar períodos menstruais em uma idade mais tarde ou passar por menopausa precoce).

Angelina Jolie

Angelina Jolie faz dupla mastectomia por temer câncer


Atriz descobriu que tinha mutação genética que leva a um alto risco de desenvolver a doença.

A recente divulgação realizada pela atriz Angelina Jolie sobre ter se submetido a dupla mastectomia preventiva, acabou gerando um alvoroço no mundo todo, trazendo diversas dúvidas para as mulheres, principalmente aquelas que possuem casos de parentes com câncer de mama na família. Este tema, deve ser ressaltado, gera debate constante e muita controvérsia dentro do meio médico, em congressos, em universidades, e principalmente nos consultórios dos mastologistas.
Inicialmente, a primeira medida a ser tomada é ter calma. O câncer de mama hereditário limita-se a 10% de todos os casos de câncer de mama. Além disso, mutações genéticas do BRCA1, como foi divulgado na mídia pela atriz, de que é portadora, atinge em torno de 20% destes casos (isto é, 20 % daqueles 10%), um universo bastante restrito.
Mais importante do que identificar a mutação genética (os testes disponíveis ainda não identificam todas), é classificar a paciente em alto risco ou não de desenvolver a doença durante a vida. E isso pode ser muito bem feito quando a mulher atinge a idade de adulto jovem, onde deverá iniciar acompanhamento com mastologista. Numa primeira avaliação, o mastologista irá conhecer detalhadamente a história familiar da paciente e assim caracterizá-la ou não como alto risco. Se assim for, esta mulher irá entrar num programa de prevenção rigoroso da doença, com exames periódicos como mamografia e ressonância de mamas já aos 25 anos (ao invés dos 40 anos preconizados). Ainda hoje, a melhor forma de prevenção do câncer de mama é o diagnóstico precoce. Isto trará a oportunidade de conquistar maior sucesso no tratamento e na possibilidade de cura da paciente. 
Cirurgias como a realizada pela atriz Angelina Jolie reduzem o risco de desenvolver a doença em 90%, ou seja, uma redução bastante considerável. Porém, existem prós e contras nesta conduta, sendo uma delas a perda irreversível da possibilidade de amamentação e a sensibilidade nos mamilos, que também tem função sexual. Além disso, a cirurgia tem possibilidades consideráveis de complicações, sendo a infecção e a necrose da pele da mama significativas.
Dessa forma, é preciso ter cautela em realizar condutas como esta, que são irreversíveis. Procurar o mastologista, estabelecer uma relação de confiança e se prevenir, através de visitas periódicas ao consultório médico e a realização de exames preventivos regularmente são peças essenciais para um acompanhamento e prevenção adequados. Vale lembrar que a cirurgia nestes casos não é a única maneira de reduzir os riscos de desenvolver um câncer de mama. Procure seu mastologista, faça a prevenção que é mais adequada para você.
Implantes mamários e Câncer

Os implantes mamários interferem no diagnóstico do Câncer de Mama?
MITO
Vários estudos mostraram que os implantes mamários não aumentam o risco de câncer de mama. Os implantes podem tornar mais difícil a avaliação do tecido mamário em mamografias padrão, mas através de projeções com deslocamento do implante  podem ser usadas para examinar o tecido mamário de forma mais completa. Além disso,  o uso da Ressonância Magnética e do ultrassom de mamas podem auxiliar no rastreamento de pacientes que possuem implantes.

Consumir bebida alcoólica aumenta o risco de câncer de mama?
Consumir bebida alcoólica aumenta o risco de câncer de mama?

Alcool e Câncer de Mama


 VERDADE
O consumo de álcool está claramente associado a um risco aumentado de desenvolver câncer de mama. O risco aumenta com a quantidade de álcool consumido. Em comparação com os não-bebedores, as mulheres que consomem uma bebida alcoólica por dia têm um aumento muito pequeno no risco. Aquelas que consomem 2 a 5 doses por dia tem cerca de 1 ½ vezes o risco de mulheres que não bebem álcool. O consumo excessivo de álcool também é conhecido por aumentar o risco de desenvolvimento de vários outros tipos de câncer.

 A atividade física protege contra o Câncer de Mama?
VERDADE
Crescem as evidências de que a atividade física na forma de exercício
 reduz o risco de câncer de mama. A principal questão é quanto
 exercício é necessário. Em um estudo da Women's Health Iniciativa, 
nos EUA, mostrou que tão pouco quanto 1.25 a 2,5 horas por 
semana de caminhada rápida leva a redução do risco de uma mulher
 desenvolver câncer de mama em 18%. Andar 10 horas por semana 
reduz o risco um pouco mais.